MUMBAI - India, Março 2006
MUMBAI – Índia, 27 a 30 de Março 2006
História da cidade
Partindo de Hong Kong são aproximadamente 7 horas de viagem, fazendo escala em Bangkok.
Mumbai está localizada ao sul da Índia, com aproximadamente 12 milhões e 500 mil habitantes. Mumbai é considerada pelos Indianos como uma das principais cidades da Índia, é uma cidade litorânea. Foi dominada pelos portugueses e Ingleses e por isso vimos alguns pontos característicos desses povos. As influências portuguesas vistas são poucas, pude observar apenas 1 construção da época, já a Inglesa pôde ser observada em construções, nos veículos.
Mumbai foi o nome dado pelos indianos ao conjunto de penínsulas da região, muito se fala em Bombai que é apenas uma das penínsulas, o nome foi dado pelos portugueses e significa boa sorte. A cidade de Mumbai é muito grande e o trânsito se mantêm padrão da Índia, sem nenhum respeito. Os carros, motos, táxis e tuc-tucs disputam cada espaço entre eles, interessante é que a maioria dos carros ou andam com o retrovisor recolhido ou já nem tem mais pois foi arrancado por algum outro motorista desesperado .
Viagem
Partimos de Hong Kong para um final de semana em GOA, foram aproximadamente 7 horas de viagem até Mumbai (Índia), com escala em Bangkok. Na manhã do dia seguinte saímos de Mumbai, 1 hora de viagem e chegamos a GOA (relato no diário de GOA). Voltamos no domingo para Mumbai, pois a Silvia teria que trabalhar na semana seguinte. Aproveitamos o restante da tarde para curtirmos um pouco o moderno e belo hotel Hyatt que ficamos. No jantar fomos ao restaurante Italiano dentro do hotel, chiquíssimo, e a comida deliciosa.
No segundo dia contratamos um guia para conhecer Mumbai, sai cedo para dar tempo de passear em todos os locais, com o trânsito ruim é conveniente se precaver e sair com tempo.
Sai com um roteiro preparado para as visitas, um tour praticamente pronto e interessante para os turistas que lá visitam. Em muitos lugar não tive a oportunidade de descer e conhecer internamente, lugares praticamente impossíveis de se parar o carro e que poderiam ser observados externamente onde a sua beleza se destaca.
O motorista e guia era um indiano chamado Amin, adorava a profissão e conhecia bastante sobre a cidade. Pudemos conversar bastante sobre a Índia e o povo indiano, cultura, política, situação econômica e a maneira deles viverem e pensarem. Fiz vários questionamentos sobre cada um desses pontos e ele sempre se prontificou a responder, em determinados momentos me questionava comparando ao Brasil, e assim como ele sempre respondi.
Depois de muito conversar e ler a respeito, pudemos entender que o povo indiano apesar de parecer um povo sofrido e pobre, eles tem seus motivos. A própria religião Hinduísta prega o carma como sendo uma maneira de viver, ou seja, a pessoa é hoje fruto do que fez e foi em vidas passadas. O indianos aceitam esse tipo de coisa e se mantém vivendo na pobreza acreditando estar pagando por vidas passadas. Além disso os bens materiais não são importantes para eles, o que interessa é estar bem interiormente, com a vida e o espírito tranqüilo. Não vi nenhum luxo seja em casas, apartamentos, carros, roupas ou o que quer que seja, tudo me pareceu bem simples, modesto e fazendo crer que a religião realmente é a maneira de vida deles.
A maioria dos indianos é vegetariana, também devido a religião, a vaca é um animal sagrado e assim como ela os indianos não gostam de sacrificar animais pois a religião prega que o individuo pode vir a ser um animal em vidas futuras. Eles entendem que apenas o corpo morre e a alma continua em diferentes seres. Essa é uma das explicações do porque os indianos são, na sua maioria, vegetarianos. Pudemos observar que nos cardápios de restaurantes a maioria dos pratos são legumes, saladas ou pratos de massa. As opções de carne são quase que inexistentes e quando achamos estão relacionadas a comida do mar, como peixes e crustáceos.
Durante essa conversa interessante com o motorista, pude conhecer alguns pontos turísticos espalhados pela cidade. Passo a vocês um pouco dessa parte bonita que a Índia me proporcionou.
Um dos pontos de grande atração é o Gateway of Índia, um portal de entrada construído no século 16 em homenagem a chegada do Rei George V e da Rainha Mary. Hoje é utilizado como ponto para saída e chegada de pequenas embarcações as quais levam turistas ou trabalhadores a ilhas próximas ou aos grandes navios atracados na baia.
Logo a frente do "Gateway of Índia", existe o maior e mais caro hotel de Mumbai. Chama-se TAJ e hospedou reis e rainhas, príncipes e princesas, é até hoje um sinal de status e poder se hospedar em tal hotel. Com arquitetura da época dos ingleses, o interior é lindo e realmente faz jus a ser o melhor hotel. Ao lado uma construção mais moderna do hotel, dando continuidade a história e a acomodações de pessoas interessadas e poderosas.
No caminho passamos por um dos monumentos históricos da cidade, chamado de Flora Fountain, foi um presente de Sir Bartle Frere para a cidade de Mumbai, esse foi entregue no ano de 1869.
Na Parte onde os ingleses tinham suas residências e onde estava localizado o governo britânico, pôde se observar o estilo das casas, apartamentos e prédios oficiais, todos com características e arquitetura da época. Essa região é servida por uma das praias mais famosas de Mumbai chamada Chowpatty, hoje utilizada pelos indianos.
Os prédios do governo britânico hoje são utilizados pelo governo indiano ou pela policia de Mumbai, são prédios bem conservados para a época. Ainda na região dos ingleses está localizada a casa onde Gandhi viveu, onde fazia seus trabalhos. Segundo o guia Gandhi teve um grande significado para o povo indiano, ajudou bastante o crescimento do país.
Chhatrapati Shivaji Terminus é uma estação onde está concentrada a chegada e saída dos transportes de indianos para regiões próximas ou distantes, seja ônibus ou trem. Em estilo Gótico, essa é a maior estação de trem de Mumbai, nessa milhares de trabalhadores embarcam e desembarcam diariamente em Mumbai. Trabalhadores chegam a viajar diariamente de 3 a 4 horas para trabalhar em Mumbai.
Durante o percurso passei em algumas lojas especializadas em produtos indianos, tapeçarias, enfeites antigos e jóias. Todos as lojas te direcionam a compra de tapetes, todos muito bem feitos e bonitos, a maioria leva meses até ficar pronto. Os preços são bons e a procura é grande pelos turistas. O problema é que passa a ficar uma visita chata, toda loja que você entra os vendedores ficam insistindo em vender alguma coisa, mesmo que seja a peça mais barata da loja. Curti muita coisa exposta mas a vontade de comprar não existia, faltava a presença da Silvia ao meu lado para juntos curtirmos cada um dos objetos e comentarmos a respeito. Após visitar 5 lojas e já estar cansado de tanta oferta resolvi voltar ao hotel, já era final do dia e estava bem cansado.
Mais um dia em Mumbai, aproveitei bastante os benefícios do hotel, uma vez que já havia conhecido a cidade, pude então desfrutar da sauna, piscina, sala de ginástica e do SPA do hotel. Ao final do dia arrumar as malas e voltar para casa, o que em certos momentos também é muito gostoso.
Mais uma cidade conhecida, mais histórias e lembranças que ficarão guardadas na memória e registradas nesse diário.
Mais uma cidade conhecida, mais histórias e lembranças que ficarão guardadas na memória e registradas nesse diário.
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